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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Coração de artista, alma de poeta..

Coração de artista, alma de poeta..
Sim os tenho, e não é fácil
Quem tem alma de poeta
sente que escrever é uma necessidade
é como gritar em silêncio
esbravejar-se em quietude
mas é algo tão natural
é algo de sua essência, se torna tão forte que não tem como controlar
aceitar-se assim fará vêr esta fisgada no peito como algo que energiza e potencializa
mas não disse que é fácil
Quem tem alma de poeta sente além do sentir,o toque é diferente
você toca com mais cuidado, cada detalhe se torna uma pequena preciosidade
o que ele escuta esta tomado por pequenas sinfonias cheias de riquezas
e o que ele sente.. ah se fosse fácil explicar...
O poeta sente com intensidade, seu coração é envolvido por ideais, ele é cercado de sonhos e sensibilidade além do que se pode explicar ou tem o pé no chão de uma forma que até assuta... há diversos tipos de poeta
quem sabe explicar o que sente o poeta.. só quem ama demais ou quem se fechou pro amor de uma forma tão intensa que guarda todos os seus sentimentos nos seus rascunhos, na sua forma mais necessária poesia
O poeta se encontra, o poeta se perde o poeta espera...
Já quem tem coração de artista está tomado de contradições
Seu coração bate pela arte que faz, mais se inquieta com a sua necessidade de criar que é tão grande que se torna um vicio
O artista vive em cena
Acredita com tanto ardor na vida , que se machuca quando desapontado
Coração de artista e alma de poeta
Sim os tenho
E muitas vezes me sinto perdida perante a vida, os outros por amar com tanta intensidade e esperar tanto do mundo.. mas como diria Clarice Lispector
perder-se também é caminho.

Chove fora...

Chove na cidade,
Nostalgia
acendo um cigarro pra matar vontade.
Vontade de falar bobagem olhando o céu
Uma brisa passa no ar e me leva
Simplesmente não consigo parar de ver e rever a vida
Ela me invade
Chove na cidade,
Nostalgia invade
Eu olho atenta a todos os passos
Reparo e paro sobre os erros traçados
mas a vida me faz continuar caminhando
e passos e passos vou dando
Chove na cidade,
Nostalgia invade
E assim chego a conclusão
de que sentir a chuva, a nostalgia, os erros as vitórias
sentir a vida
me faz cada vez mais sentir humano
invade

Gritos

Ouço gritos,
Gritos na rua
Gritos de desespero
Gritos do asfalto
Gritos que correm
Ouço gritos de falcão
Gritos de expressão
Gritos tomados de não
Gritos de desilusão
Ouço gritos tomados por angustia
Gritos de perseguição
Gritos que ecoam em vão
Gritos de Guerra e gritos de paz
Silêncio nos morros
Eles correm...
Os gritos (28.04.2010)
Abra os meus olhos diante do mundo
meu peito se abre querendo crescer mais
porém também é bom se esquivar
abrir demais assusta...

Como se fosse café amargo

Sinto o vazio no peito
Meus olhos se enchem de lágrimas
Calma passa
O amor prega peças... nem sempre vai ser o que você acreditava
Fez o seu melhor
O que estava ao seu alcance?
Então valeu a pena
Nem sempre o outro reconhece
Nem sempre o seu amor é igual
O que importa é que você acreditou até o último minuto
Até ele dizer que não era o suficiente.. mas você sabe que fez o que podia
A vida ensina.. a vida te mostra o quanto você é forte
e a vida vai fazer reconhecer

Siga menina o mundo te espera cheio de sorrisos, amores e fatalidades
A vida prega peças contigo e você VIVE

Vive cheia de sonhos a menina, ou será devaneios
A menina corre em direção ao mundo
Ela não foge, prefere acreditar
A menina se guarda nos momentos oportunos
mas ataca quando menos se espera..
A menina balança mas é firme
A menina mostra sua luz e também a plenitude do seu cinza
A menina brinda o dia e a noite
A menina espera o mar se acalmar
Doce e amarga é a menina. (08.12.09)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Viajante

Não tenho todo o tempo do mundo,
mas o mundo é grande.
 fito sua diversidade
 entrelaça meus passos
vislumbro  tropeços
inocentes aos olhos
embaralham o caminhar

O mundo é  grande
 me perco em casualidades
 ludibrio em sonhos lúdicos
com amores que  sustento
ao passar do ventos
 entre águas escondidas
remoto aqui e agora

Embaralhado o real inóspito
os dias seguem
com minucias do amanhecer
e sem afirmar nada
continuo a trilhar crédula
O mundo é grande.