Pouso as mãos, sinto sua profundidade.
Transfixo o corpo e ponho em desordem,
Terra tenra, volúvel, vestida de história.
Colho, observo partes e eflúvio
Quanta sensibilidade ao encontro da palma.
Lágrimas gotejam na cova.
Desfaço nódulos e ao topar com o torrão
entendo o acaso do tempo.
Esquecido estava o pedaço para o cultivo.
Nada naquele corpo florescia,
só tentativas de vitalidade,
Que há pouco foi atingido.
Conduzo a muda
repouso seu colo
Compacto, construo, rego e cubro
com capim o encontro do torrão e sua muda
Agora me resta irrigar....