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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Vielas cinzas pintadas em ódio e terror
 rodeiam as ruas 
Submergida de corpos e gritos 
amortecem  luzes que trombam no asfalto.


Lágrimas suplicam e escarram  frutos doentios
que refletem a dor e infelicidade do plantio.


Árvores estateladas me observam
 indagam tacitamente
"Para onde seguir?"


E ao reparar as luzes rompendo 
as camadas de dor
Percebo que é preciso colorir 
transcender e começar de novo....





domingo, 26 de outubro de 2014

deixa estar


janela entreaberta
a toco modestamente
 deixo luz, brisa entrar

desabotoou os medos
arranco couraça
respiro profundamente
todo sentimento


bato a porta ao estrondo
ausente toda luminosidade
que recobria o sentido

me cubro de medo
costuro armadura
entoco
paraliso em posição fetal.

redescubro o que
deixei estar
sopro lamentos
esbravejo loucura
e aceito que não faço parte do jogo.







terça-feira, 14 de outubro de 2014




paisagem desértica
conduz o passo esguio,
que acena vagarosamente
ao gorjeio dos passarinhos.

andanças incertas 
eloquentes compassos
borbulha os batimentos
que brindam compassos.

e ao passar o passo 
estico
me dispo do tempo
que corrói a pele gasta
e desata couraça.

Dedução (?)

chegou a estação da pulsação. 











segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Mito em sementes


colhe em cores teu fruto

Perséfone

pouco sabes que amarras,
corpo em maldição.

a vida em  curso de ilusão

não faz perceber,
há algo além das flores

extrai o fruto, 
fixo aos olhos de Hades

aos poucos percebe,
tua vida se perderá

Perséfone como pecado tens beleza

o buraco a engoliu
fosse consumida pelo desejo

Tua mãe grita acende uma via

Perséfone

Colhe em ossos, teu fruto
e por sete sementes
vende tua humanidade.




 terça-feira, 4 de outubro de 2011

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Atos fatos









quando afronto
reflexo

 disparo.



 arrisco dizer,
sou fugitivo do acaso
declaro


  e debulho em lágrimas
ao escutar 
o que desejo
 mas tenho medo de viver
me deixar levar.







segunda-feira, 15 de setembro de 2014




relação (?) vazante
inconstância inebriante
do cardápio que se amostra.

vitrine narcísica 
de traços semelhantes


elencada a imagem 
signos dos protótipos
são criaturas pulsantes
a procura do enozado.


e o vínculo repetitivo
o ápice insólito
a míngua  dicção
no palco giratório.

e a platéia insipiente
diante da superficialidade
tecnológica,
aclama com frivolidade
os retratos mal-encarados e as almas disposta pro negócio.

Perante o tom líquido

Procuro-me. 




quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Sem pista, nem isca

Primeiro ato

Vem  Solidão

Após  solitude
multifacetada
lembrança amiúde

 Indago sensações
 resquícios do roteiro 
volúpia concebida

Segundo ato:

Tudo meio blasé
ausente a cor e o nexo
transmuto

Seduz à utopia
envolve ao redor
dos cachos esmaranhados

Terceiro ato:

O ponteiro toca  três
ressurge dos escombros
 ânsia de traçar
êxtase
desenrolado
ressoa em agrado.

e eu acabo

Sem pista nem isca

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Sintomas


O corpo gélido


as mãos tensas tateiam o papel

a espera de respostas que ressoam inconstantes

Ela abre cuidadosamente 

 O olhar é pasmo 

Uma grande solitude domina

E uma explosão de sentimentos, toma conta do cenário 

As cores não são as mesmas e muito menos o figurino

As falas foram trocadas, isso não se esperava

A cautela se permuta em estrondo

O corpo veste a alma insana 
que dança pelos 4 cantos

tentando direcionar sua finitude incoercível

todas aquelas palavras distorceram seu íntimo

E ela vaga convincente pelo mundo
Buscando a tua verdade peculiar






]


05/06/12


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Tatear

Equimose expele  pelos cantos da pele
são noites de vigília, rutília
 mal comidas.

O teu mundo cruza  olhos,
contudo não alcanças sonhos.
Te resta ínfima aspiração.

Corpo clama expressão
 são noites aclaradas
expectam expurgação.


O martírio ecoa prisão
Te resta lidar com a contingência
de tocar os medos.








quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Corpos Tingidos

Corpos em pedaços,
exclamam prazer e expressão.
Loucuras em tinta molduram horas.

Semelhanças trançam coincidências 
 árvores Goyas gemem revérbero,
sufocam gaitas em álcool e desejo


(...)
Mordidos corpos e eu?


Nua em sentido


                                                                (05/09/11)




Dias com o bicho poeta

Em meio a descobertas,
me percebo aberta.
Questiono
o porque desta ausência descabida
que engolia minha vida.

Sem vendas
subo degrau em passo lento,
buscando o que talvez
já havia em meus olhos.

Você com boca que me contorna o corpo
Olhos profundos, que em tudo busca mundo
e me faz saber
que temos algo além a viver.

Noites embriagadas em arte e sorrisos
Dias inconstantes
tardes de prazer e desgaste

Questiono, qual será o desejo?
 Ilusão ou um ar sonoramente
intuitivo?
Reflito em olhar cru
dispo me de convenções

Observo
toco teu corpo quente
respiro o suor que contagia
as paredes brancas
transmito o que sinto.

Temos em nossas mãos
colorações  intangíveis
Pinceis variados
e uma tela em vácuo
para tocarmos o que transparece
em tracos e vida..

Te digo  você me inspira!



26/01/12

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Vazio Erótico

Corpo exausto
exaura em pó.


São tantas vontades,
arremesso ao vento
me perco em quantidade.


Só sinto o som oco do  batimento.


Fala sem significantes
construídas em pontadas de incertezas.


O corpo não sabe mais se relacionar com o todo.


São renúncias que faco,


ao inconsciente amedronta tocar.


Pulsões estáticas se engendram e não permitem o que penso e não alcanço viver.

Pulsa a ousadia


A rotina aprisiona o altruísta
 limita escrita a margens

Centraliza energia em palavra
 interrompida

Folhas gastas refletem golfadas,
de tudo o que seu âmago grita.

Tua euforia rasga correntes
Crias da rotina
Alforria!!! clama o altruísta.
Adicionar legendaa






sexta-feira, 4 de julho de 2014

Diante de tantas
encontro algumas
certezas
em nada absolutas.


Diante o caminho
prefiro labirintos
em tons vivos


Adiante me vejo
nua

Reflexo cobre
 desejos
 deleito


Adiante espera
o mundo que me
 abraça
 lambuza
complementa falta
com infinidades

eu regozijo....


quarta-feira, 18 de junho de 2014

bastou você falar

Desconstruída embolada embaraçada
dos pés a cabeça
 fragilidade e incerteza

Nózada, descabelada
sentimento brecá

Você...
faxina meu coração
permite que deixe  ir e me força a não olhar pra trás
enfim era tudo o que eu precisava ouvir pra me libertar
Sangrando
sentimento
lágrima
que reine a razão

Deixo tudo transmutar

Construo, desembolo, desembaraço
me refaço

Desato, penteio
abafo peito

e te esqueço







terça-feira, 17 de junho de 2014

Desatar

Ventos gélidos do inverno
anunciam  tédio
Olhos esgotados 
distendidos em tempo
sem  planejamento

Desarmônico

Céu nublado
Desocupado 
Tormento
Em busca de luz, de luar
pássaros a voar
 


 

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Retração

Quando me descobri presa entre os muros rabiscados,
percebia o peso das dificuldades,
 extensão dos medos e traumas criados por mim.
aterrorizada tropeçava sem cessar, sobre as pedras que depositei.
eram os tropeços que a "vida"me dava.



Sentia a frustração
constante de saber que a dor que sentia fora causada
pelos gestos que me mantinham sufocada
realidade imaginária, refletia os cacos colecionados
chicotadas da alma.
Coberta e desnuda perante meus olhos, não me reconhecia .
A luz se apagará.
A dor se tornava gozo, dentro de mim.


24/05/13



quarta-feira, 11 de junho de 2014



A menina se aventurou na brisa
escorregou as mãos nos sonhos, 
 por ora lúdicos
Sentiu o aroma
o  reconhecia de apreciar as ironias
Conjecturar, desvairar, desejar, fantasiar
construir. 

A mulher almeja tocar os desejos
viver dias de calmaria , satisfação
declamar suas  vivências
sonhar junto
Sentir os aromas mesclados em noites
Compreender, copular, desfrutar, gozar, edificar 
reconstruir. 


Infinitos segundos

Os olhares se perdem em segundos eternos

misturam se as composições das almas

abastadas de límpida sintonia

 traduzem o desejo encubado pelo tempo

muito mais que  palavras,  são gestos atentos de inquietação

a esperar lambidas na utopia



27/10/10

Quereres...

Como eu queria despistar meu pensamento de teus passos
Não escutar tua voz em meus sonhos
Como eu queria ouvir resmungo em vez de teu nome


Queria que não houvesse  encontro, naquele bar
com aqueles copos, aquela rua
Como eu queria ter olhado para outro rapaz

Mas não culpo o devir
Porém queria ter percebido teu sorriso em outro momento
talvez um momento mais de perto, ou quem sabe de calmaria
que não tivesse como fruto essa necessidade tão grande de não te ver , nem saber de você
ou se quer imaginar a tua existência.



07/08/11

Meu caminho

Entre garrafas descobertas
ando tolhida.


Desconhecido
 mundo cego e surdo
Me escutas ?

Entre sorrisos e jangadas
 ando perdida
são xeque e mates
limão sem sabor
nem frio nem quente
escolhas
 vida
 inconsciente
 trilha o caminho
sem quereres,
são rachaduras
involuntárias
se criam ,,,,
Ah tempo


Tempos que curam....



29/12/11

O desejo do vento.

O desejo ronda espaços incertos, tangíveis que não apalpo.

Impulsos pela busca do  que se perdeu entre miúdos

Deixei passar por não depositar qualquer significante

Não limitei, só desliguei de qualquer busca

Me entreguei a viver o momento.

Me desprendi de qualquer quimera

Não houve transferência e depósitos de um possível "achismo"

Sem expectativas, só levada a experienciar cada toque, gesto e palavra.

 Encontros...
 nos perdemos no tempo.

Desencontros em entendimento.

Cessou ao se pronunciar o fim.

Flutuamos em direções distintas, cada qual levado por seu emaranhado de vida e neste tempo em confronto com certezas, vem o desejo me querer levar a viver o que acaboudeixando vontade....

20/02/13

terça-feira, 10 de junho de 2014

INCOMPREENSÍVEL SER


TIMBRES OCOS E VAGOS 
MULTIPLICAM OS TONS DE MINHA VOZ
 REVERBERAM EM TAPAS LATENTES
É O SOM QUE ESBARRA EM TUA FACE
SALIVAS ÁCIDAS FRUTOS DO TEU SILÊNCIO 
DESMASCARAM O SEU SER
QUE ME COBRE DE DESEJOS  E PENSAMENTOS HISTÉRICOS
TU ÉS MEU INCOMPREENSÍVEL SER



 

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Temporada

Tateiam as agulhas
Empenham-se para que preserve as estações
é preciso mais tempo para nutrir-se,
refutam os ponteiros escassos que contradizem os passos.

terça-feira, 20 de maio de 2014

A Carne Fraca


Iníqua sua estrela para ligar ao inicio que prende a vos mesmos
amaldiçoado!!!!
Antes mercúrio era pompas, presente no mundo
Nosso conforto confortara confortadores contínuos...
Se abrigou, estais preparados para dormir?

4,5,6

Ohh, criaturas racionais da terra, homens
um pouco de tempo, mais um pouco de tempo
o firmamento números do tempo

9, 9, 9 , 6

Terror, mistérios da criação
sois , soem as cornetas
trovoes do julgamento !!
deixo de quem?
a quem?
louvores?
No 2 inicio mas portanto o pecado exala o enxofre
vexação... uma grande ironia olhou ao meu redor ..
olhar com contentamento

ao nosso senhor e mestre que acaba de
soprar vivo a sua grande obra

Azazel Kahim.

O Justo

Em meio de nos que vive para sempre, lançou um vazio.
pois, Por que, porque, por quê
sua boca se abriu e
Gritou alto O Justo

Cuja as mãos tem a gloria da colheita
em vosso confortador minha voz se lança ao reto para minha própria retidão
Seus pensamentos para que governam?
as vossas cintas !!!
A fúria ?
Pois, Por que, porque, por quê
Gritou alto O Justo

Azazel Kahim

quinta-feira, 15 de maio de 2014

O que resta...

As dádivas reluzem frente aos olhos

percebo me forte e imoral 

aos  atos que afligem minha alma

Os desejos torturam

a possibilidade de ser dono da minha razão

Esgoto as lágrimas inconsequentes

 tormentos ínfimos 

 me desequilibram perante a magnitude do mundo

engolir, triturar, tocar

a imprecisa eloquência do meu cântico.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Coração de artista, alma de poeta..

Coração de artista, alma de poeta..
Sim os tenho, e não é fácil
Quem tem alma de poeta
sente que escrever é uma necessidade
é como gritar em silêncio
esbravejar-se em quietude
mas é algo tão natural
é algo de sua essência, se torna tão forte que não tem como controlar
aceitar-se assim fará vêr esta fisgada no peito como algo que energiza e potencializa
mas não disse que é fácil
Quem tem alma de poeta sente além do sentir,o toque é diferente
você toca com mais cuidado, cada detalhe se torna uma pequena preciosidade
o que ele escuta esta tomado por pequenas sinfonias cheias de riquezas
e o que ele sente.. ah se fosse fácil explicar...
O poeta sente com intensidade, seu coração é envolvido por ideais, ele é cercado de sonhos e sensibilidade além do que se pode explicar ou tem o pé no chão de uma forma que até assuta... há diversos tipos de poeta
quem sabe explicar o que sente o poeta.. só quem ama demais ou quem se fechou pro amor de uma forma tão intensa que guarda todos os seus sentimentos nos seus rascunhos, na sua forma mais necessária poesia
O poeta se encontra, o poeta se perde o poeta espera...
Já quem tem coração de artista está tomado de contradições
Seu coração bate pela arte que faz, mais se inquieta com a sua necessidade de criar que é tão grande que se torna um vicio
O artista vive em cena
Acredita com tanto ardor na vida , que se machuca quando desapontado
Coração de artista e alma de poeta
Sim os tenho
E muitas vezes me sinto perdida perante a vida, os outros por amar com tanta intensidade e esperar tanto do mundo.. mas como diria Clarice Lispector
perder-se também é caminho.

Chove fora...

Chove na cidade,
Nostalgia
acendo um cigarro pra matar vontade.
Vontade de falar bobagem olhando o céu
Uma brisa passa no ar e me leva
Simplesmente não consigo parar de ver e rever a vida
Ela me invade
Chove na cidade,
Nostalgia invade
Eu olho atenta a todos os passos
Reparo e paro sobre os erros traçados
mas a vida me faz continuar caminhando
e passos e passos vou dando
Chove na cidade,
Nostalgia invade
E assim chego a conclusão
de que sentir a chuva, a nostalgia, os erros as vitórias
sentir a vida
me faz cada vez mais sentir humano
invade

Gritos

Ouço gritos,
Gritos na rua
Gritos de desespero
Gritos do asfalto
Gritos que correm
Ouço gritos de falcão
Gritos de expressão
Gritos tomados de não
Gritos de desilusão
Ouço gritos tomados por angustia
Gritos de perseguição
Gritos que ecoam em vão
Gritos de Guerra e gritos de paz
Silêncio nos morros
Eles correm...
Os gritos (28.04.2010)
Abra os meus olhos diante do mundo
meu peito se abre querendo crescer mais
porém também é bom se esquivar
abrir demais assusta...

Como se fosse café amargo

Sinto o vazio no peito
Meus olhos se enchem de lágrimas
Calma passa
O amor prega peças... nem sempre vai ser o que você acreditava
Fez o seu melhor
O que estava ao seu alcance?
Então valeu a pena
Nem sempre o outro reconhece
Nem sempre o seu amor é igual
O que importa é que você acreditou até o último minuto
Até ele dizer que não era o suficiente.. mas você sabe que fez o que podia
A vida ensina.. a vida te mostra o quanto você é forte
e a vida vai fazer reconhecer

Siga menina o mundo te espera cheio de sorrisos, amores e fatalidades
A vida prega peças contigo e você VIVE

Vive cheia de sonhos a menina, ou será devaneios
A menina corre em direção ao mundo
Ela não foge, prefere acreditar
A menina se guarda nos momentos oportunos
mas ataca quando menos se espera..
A menina balança mas é firme
A menina mostra sua luz e também a plenitude do seu cinza
A menina brinda o dia e a noite
A menina espera o mar se acalmar
Doce e amarga é a menina. (08.12.09)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Viajante

Não tenho todo o tempo do mundo,
mas o mundo é grande.
 fito sua diversidade
 entrelaça meus passos
vislumbro  tropeços
inocentes aos olhos
embaralham o caminhar

O mundo é  grande
 me perco em casualidades
 ludibrio em sonhos lúdicos
com amores que  sustento
ao passar do ventos
 entre águas escondidas
remoto aqui e agora

Embaralhado o real inóspito
os dias seguem
com minucias do amanhecer
e sem afirmar nada
continuo a trilhar crédula
O mundo é grande.