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sábado, 28 de dezembro de 2013

Sons Azuis

Mas um dia de declamação
mas não são poesias, nem músicas muito menos versos
são palavras eloquentes abastadas de recordações 
De dias bonitos, como pluma na brisa
 
 
Leve simples com vida
São tantas cores 
Os olhos  ofuscam
Queria você aqui
 
 
(13.09.10)

Passeio pelo lado selvagem

Batidas de concreto
se misturam a borboletas
Perdidas asas incontroláveis
Esvoaçadas em pó
Se misturam  as cores da cidade
A noite vagam luzes rivais
Que reclamam por visibilidade
Sim eles contestam o farol dos carros blindados


(15.10.10)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

22:20

Turbilhão oblíquo
em tom pastel
Noites rodeadas de ondas ao léu
sem espaço, num vazio céu
Aponto pra estrela
me vêm um sorriso seu
estonteador e cheio de dúvidas
Te conforto com um carinho
e te levo ao mar
para te presentear com o meu olhar.

Nariz no bolso

 
 

Poeta sem rosto,
guarda no bolso
sem papel ou esboço
Sorriso polido

Leva dom guardado
em seu peito alastrado
Sorriso gostoso

Poeta bufão,
afasta solidão
traz impressão
 em batimento.

Suporte do Ego

Torres aos montes
propagam em todos os cantos
as aflições do mundo...

Do alto observam 
o espetáculo hodierno
do conjunto
 tem dias que
dissipam em nuvens
tornando a torre mais distante
inalcançável aos olhos


Tudo tão alto de cima
que a retina brilha ao ver o passar dos atos,
mas se aflige pelo
 contato.

Torres 
se espalham no mundo,
o homem busca   drama
alimenta o ego
pira em contradição. 

O inesperado aguardado encontro

O que será dito
se o acaso permitir,
nesse vácuo tempo
aflige.

Em mesas esbarram
xícaras
 No  bolso,
páginas sem verso
Nos olhares
canto sem voz

Tempos inacabados
de um mundo novo
Em que tudo anda nubiloso.

Quais são os passos?
O que se sente?

Os quereres dos momentos ínfimos
 embriagam a intensidade
reconhecer o que vale a pena
Desse minuto denominado
viver.  (03.01.12)

l'instinct sauvage

Paredes poéticas
contornam solidão
Janelas escorrem
desejos do mundo.
São catarses da mente
podridão e luxúria
Brindam a devassidão
exclamada em lençóis,
brancos em cetim
ao olhar  tênue
dos desinformados,
abismados em perceber o
 selvagem e desnudo
 homem. (12.01.12)

De frente pro mar

Oh oh oh
e agora amanhece?
Escuta o barulho das folhas que se tocam,
 não percebes?
os ninhos altos estremecem,
 silenciam ao passar
das gaivotas.
o tanto de azul se perdeu no
 mar
confundem se os reflexos.

Caladas as grandes montanhas
estremecem seu verde, clamando
pelo encostar de nuvens que
 aquecem tua folhagem
do vento gritante
.
 

Enigma do corpo

Impulso cintila  desejo
conhecidas mãos apalpam me
remete me a enigmas do corpo.
Transborda odor em feromônio.
Me arroubo em banhos de  plena exsudação.

Bocas e olhos descobrem me,
 em outro mirar.
Vagarosamente penetras em meu corpo
são todos os sentidos que involuntariamente apreciamos alcançar.
Em tempos líquidos edificamos afeto.


(15.03.12)

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Caminhos

Há tantas formas de amar
as descubro todos os dias
nos gestos nas flores
 nas peculiaridades do viver
entregue as incertezas
  e apesar das controvérsias
te digo se desprenda dos quereres
ou pelo menos tente
 não poderás olhar para trás..

não há espaço para o SE em nossas vidas
mas deve lidar com os passos com tuas escolhas


Observe um pouco
perceberás o quanto
tens a viver
o quanto a errar
 aprender
O mundo é grande
e está disposto a te surpreender
essas são as delicias
então desprenda-se do SE e abra teu coração
te liberte que tudo passa nessa vida
dela se leva as tentativas e o coração
então escute vagarosamente e paciência
ele irá te dizer o melhor passo a seguir

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Tantas Noites

Noites mascaradas
ansiedade toma conta do meu ser.
Medo  não percebo,  
propaga em minha alma
o peito vazio.
abarrotado de culpa
incompreendido

Noites disfarçadas
sinais que revelam
ausência do meu amor.
neste salão repletos de olhar e lástima
me condenam e apontam fraquezas
a falta que existe
 no olhar que me fita
 não se percebe


Noites dissimuladas
 colocam a prova
todo o amor que um dia pensei
sentir por mim


Hoje ao me fitar
presencio os cacos, as sobras
de uma mulher em busca da sua paz
 livre de qualquer julgamento e culpa
mas completa por se amar




quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Passos do Esmerado

Passos de elefante guiam

Relutando a toda e qualquer forma de sentir.

Todas as luzes  corrompem o acaso de um possível desmoronar.

Necessário perfurar  a projeção líquidaque emana florescer.

Intuição que brota, sobre cacos a lacrimejar ausênciado meu indistinto eu.

Impulsividade adversa dos passos

Indomável gigante.

Todas as verdades afogam o intelecto

Obstando o despir , o libertar do esmerado.

Despertar




Toda a esperança encontra-se em novos dias,
sob as estrelas
São as pequenas alterações do olhar.
É preciso trocar as lentes, abrir o peito
Defrontar o peculiaris
Entregar-se a candura petrificada pelo temor
É preciso sentir, desobstruir, habitar á morada
Adentrar as estranhas do intrínseco
Experienciar momentos
Compreender que a vida se esvai.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

complexidade dos Lábios

Complexidade atingem os olhos 
Sou eu sabotando minhas pernas
me jogando a prova 
DOS devaneios vis
Circundam, sufocam a leveza do  ser
Não há mais lentes descontentes com a paisagem recriada, 
mas o enorme panorama do todo, estar por vir
Tormentos agonizam meu martírio
Que em nada mostram-se santificados:
Luxúria acoberta os pensamentos
Avareza põe de encontro ao ego
Gula descontenta
Ira descontrola qualquer sanidade
Inveja esconde minhas bênçãos
Preguiça acovarda
Vaidade não vislumbra a insignificância
Permanece inquieta sua agonia 
Eternamente lacrada na choupana
frente a claridade turva.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Vitrolas em Bordô


Não me toques com gestos que perpetuam em discos arranhados
Não beijes sem vontade
Não me fale de sentimentos que não consegues alcançar.
Estamos aqui neste recinto cultuando os   tintos em copos.
Contrastes que contorcem ao passar dos sopros. 
Lendo qualquer poema perdido no ar.

Sem compreender a imensidão que nos cerca, reconhecer o que se apresenta de forma ríspida e encantadora. São muito mais que vivências.
São riscos achados nas ruas, que entrelaçam um  viver poético, onde  tapados não se permitem

 experienciar...

Velho Sapato

Sapatos capotam
entre pedras portuguesas.
Esperneiam o sapatear do mundo
Abismadas pó movimentar


Rolam em chicletes, se tingem
no variar do asfalto
Esquecidos
por pés sabidos
moldavam se os sapatos
e por querer um calcante amigo
acomodavam se a qualquer situação.

Ah amigo rasgado,
quantas ao meu lado
Digo te adeus.

Per-me-ar


Entre  penumbras falas
olhos se permitem gentilmente
         (...)
Não há pudor quando a alma
mas corações libertos
que ao frescor da inocência
estão livres a experimentar
a potencialidade de tudo que se
percebe em vida
         (...)
lábios a degustar cores
saboreiam densidade
que a vida  oferece
sem pedir coisa alguma

só que apreciem o existir.